Domingos
AMOR
Amar-te é como
planar num
cometa,
algures entre a alma
e o fogo,
pretendendo secretamente
que nasça num deserto
um rio,
saindo de vez em quando
do leito,
saciando redes de infinito!
Amei-te desde que te vi,
no fim de uma tarde,
ao arredar a cortina
do seu sítio!
Olhei,
corrias para o autocarro
vazio,
compenetradamente,
como quem precisava,
meticulosamente,
de chegar a
qualquer lado!
Alguém tão metódico,
só podia ser preciso,
na complexa
construção do futuro!
Amar-te
foi a aposta,
com as tuas mãos
sobre os meus olhos,
mansamente,
acomodando-me
nos teus braços
olhando a eternidade!
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