Victor Silva Barros: in http://victorsilvabarrosnoporto2.blogspot.pt/
LIBERDADE
Sei
lá como nasci
se
com a cabeça redonda
a
rasgar o ventre
da
minha mãe,
ou
de pés
ajustando-me
ao útero,
não
querendo ser capaz
de
trocar a quentura
de
um lugar,
pela
aridez do desconhecido!
Sei
sim que nasci pássaro
a
planar com asas de papel,
onde
cabiam poemas
riscando
o céu!
Nasci
a pensar
e
penso ainda hoje
sem
encontrar soluções
para
este país tão doente!
Onde
está a lógica
de
sermos peças de xadrez
que
não conseguimos controlar?
Veneramos
uma elite
podre,
que
nos reduz a pobres,
para
continuar a enricar!
Pisam-nos,
humilham-nos,
reduzem-nos
a nada,
e
no entanto
continuámos
a respirar,
com
gritos afivelados nos olhos
e
cavalos feridos de Guernica
querendo
cavalgar
em
solos não contaminados!
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