JOSEFA GALHANO
in:http://salaodaprimaverade2011.blogspot.com/
Neste silêncio de gaivotas feridas,
penso o teu rosto vestido de amoras,
em Verões escaldantes
da nossa infância acostada
a cais de navios ausentes!
Eram longos os estios,
os pés enterravam – se nas veigas,
brotando uma frescura que acalmava
corpos e ancestrais nogueiras!
À tardinha esgotados,
baloiçávamos na vontade de partir!
O ruído das cigarras cantadeiras
ensurdecia os ouvidos,
os campos em delírio,
ofereciam trigo maduro
molhado em compota de maçã!
Tudo ficava retido
em momentos únicos
de serões prolongados
que eram contados e recontados
por todos nós!
Á noite as camas de ferro,
cobertas com liteiros de trapo,
apagavam os cansaços,
tudo ficava calado,
e por fim calmamente, adormecia!
Este poema é belissimo, entusiasmante.Muito agradavel.Adorei de verdade. estou lhe convidando a visitar o meu blog, e se possivel seguirmos juntos por eles, estarei grato esperando por vc, lá, abraços de verdade
ResponderEliminarFique com Deus
E a poesia pensada, encontro-a também bem elaborada e sensibilidade de quem viveu com as mãos na terra, desde criança e sentiu a liberdade de versejar ao ritmo de muitos ruídos...Poesia que eu conhecia mas em pequenos textos dedicados....Abraço amiga colega...e olha que já meses que está o último texto...Nada de deixar parar o pensamento poético.
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