domingo, 20 de dezembro de 2009

O RELÓGIO


ÓSCAR CABANA


O meu relógio negro,

com ponteiros dourados,

companheiro de tantos anos,

baralha e distribui as horas,

ao meu apressado quotidiano!

Sem dó nem piedade,

dá o toque a levantar,

nas madrugadas estremunhadas,

o toque a recolher ,

nas tardes cansadas!

Acompanha as boas horas

que equilibram os dias,

as más horas que nem sempre vão embora!

Bate as horas do chá escaldadiço,

embrulhado em torradas,

barradas de manteiga!

Bate as horas do trabalho,

lentas ou rápidas,

conforme o ânimo!

Bate as horas alegres

de te ter aqui ao pé,

rodando na porta a chave,

anuncio da paz das avé-marias,

ouvidas ao fim do dia,

na capela do lugar!

Lembra de noite e de dia,

a rapidez

com que passa a vida!

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