terça-feira, 24 de março de 2015

DESABAFO

Collado

DESABAFO

Muros que encurralam
respiração aflita,
casulos que esmagam,
não passo,
o barqueiro espera,
impacienta-se,
não consigo chegar
ao outro lado!
Tenho vontade,
falta-me a força,
tudo é árido
neste compradio,
confuso, corrupto,
retirando-nos
a vontade natural
de vivermos!
Talvez tu não faltes,
apontando-me a dedo,
a constelação arredia,
refúgio certo
para não nos perdermos
e de lá reinventar a vida!

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